Carolina Antunes
Vozes
Gabriela Marques
Luís Cabaço Martins
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Hoje é dia seis de novembro, quarta-feira, memória litúrgica de São Nuno de Santa Maria, religioso carmelita.
De vez em quando,
é bom dares lugar, na tua oração,
à memória dos santos que a Igreja celebra.
Hoje, recordas em Igreja um santo improvável:
Nuno Álvares Pereira, guerreiro,
defensor da independência de Portugal,
homem poderoso e rico,
amigo dos pobres e amigo de Deus.
Viveu o Evangelho à luz dos ideais da Idade Média.
Na guerra e na paz,
soube sempre dar a Deus o primeiro lugar.
E, verdadeiramente, é isso que importa na vida de um cristão.
Agradece a Deus este exemplo de santidade…
e começa assim a tua oração.
Escuta esta passagem do Evangelho segundo São Lucas.
Lc 14, 25-33
Uma grande multidão seguia Jesus.
Jesus voltou-se e disse-lhes:
«Se alguém vem ter comigo e não me preferir ao pai, à mãe,
à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida,
não pode ser meu discípulo.
Quem não toma a sua cruz para me seguir,
não pode ser meu discípulo.
Quem de vós, desejando construir uma torre,
não se senta primeiro a calcular a despesa,
para ver se tem com que terminá-la?
Não suceda que, depois de assentar os alicerces,
se mostre incapaz de a concluir,
e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo:
‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’.
E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei
e não se senta primeiro a considerar
se é capaz de se opor, com dez mil soldados,
àquele que vem contra ele com vinte mil?
Aliás, enquanto o outro ainda está longe,
manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz.
Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens,
não pode ser meu discípulo».
Nuno de Santa Maria é um homem como poucos, e ainda mais singular como santo. Ele entregou-se por completo, sem reservas, às batalhas que entendia serem da ordem da justiça, seja a independência de Portugal, seja o cuidado com os pobres. A que te move a sua vida?
São Nuno de Santa Maria desejava, desde a sua juventude, ser religioso, mas respeitou a vontade do seu pai e casou-se. Esta é a liberdade própria do filho: decidir com determinação, mas sem ignorar o que nos é pedido por Deus e pelos irmãos.
Escuta de novo as palavras de Jesus e acolhe a sua força. Vê nelas a liberdade e a prudência próprias do Espírito Santo, que guiou as vidas de Jesus e de São Nuno.
Termina a tua oração oferecendo-te ao Senhor e dispondo-te a mais o amares e seguires, em todas as coisas. Diz-lhe: “Senhor, aqui estou, com tudo o que tenho e sou. Ajuda-me a amar-te mais e a seguir-te mais em tudo o que irei fazer, dizer e sentir. Que tudo seja para a tua maior glória!”.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.