P. António Santos Lourenço, sj
Vozes
Paulo Nogueira
Ãngela Roque
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Hoje é dia vinte e um de janeiro, terça-feira, memória litúrgica de Santa Inês, martirizada em Roma, no ano 304, com 13 anos de idade.
A memória dos mártires é uma lembrança constante de que o cristão é testemunha de Cristo. E recorda também que o martírio, o testemunho até à morte por causa da fé em Jesus, não é coisa do passado: continua a acontecer hoje, em muitos lugares.
Ao começares a tua oração, lembra-te dos teus irmãos perseguidos e lembra-te também dos Voluntários da Ajuda à Igreja que Sofre, empenhados em socorrer os cristãos mais necessitados.
Escuta esta passagem da Carta aos Hebreus.
Heb 6, 10-18
Deus não é injusto.
Ele não pode esquecer o vosso trabalho
e o amor que mostrastes pelo seu nome,
colocando-vos ao serviço dos santos, no passado e no presente.
Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo,
mantendo intacta a sua esperança até ao fim,
de modo que não vos torneis tíbios,
mas imiteis aqueles que, pela fé e pela esperança,
se tornam herdeiros dos bens prometidos.
Quando Deus fez a promessa a Abraão,
como não tinha outro maior por quem jurar,
jurou por si próprio, dizendo:
«Eu te cumularei de bênçãos e multiplicarei a tua posteridade».
E por ter perseverado pacientemente,
Abraão alcançou a realização da promessa.
Os homens, de facto, juram por alguém maior que eles
e o juramento é uma garantia que põe fim às suas contendas.
Por isso Deus,
querendo mostrar solenemente aos herdeiros da promessa
como era imutável o seu desígnio,
comprometeu-se com juramento.
Assim, por dois atos irrevogáveis,
nos quais é impossível Deus mentir,
nós temos um forte incentivo
para nos refugiarmos firmemente na esperança proposta.
"Deus não é injusto".
Podes experimentar a tentação de pensar que Deus é injusto e te envia mais do que aquilo que és capaz de suportar. Mas não é assim. Deus está contigo, para que suportes o que a vida te traz, mesmo o desprezo dos outros ou a perseguição. Esta certeza é a força dos mártires.
Talvez seja este o momento de trazeres à memórias algumas coisas boas que te aconteceram nos últimos dias. Duas ou três. Recorda cada uma com as suas circunstâncias e agradece ao Senhor.
Tens um coração agradecido, apoiado na esperança em Deus, que nunca te engana?
Escuta de novo esta passagem da Carta aos Hebreus. Presta atenção ao modo como o Autor da carta desenvolve a sua reflexão sobre a fidelidade de Deus, que nunca te abandona.
Termina a tua oração conversando com Jesus sobre as tuas esperanças, os teus medos, aquilo de que sentes mais necessidade… E não te esqueças de trazer à conversa os teus irmãos perseguidos e aqueles que os ajudam, de modo particular os voluntários da Ajuda à Igreja que Sofre.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.