Ana Carolina Patrício
Vozes
João Miguel Pires
Madalena Oliveira
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Hoje é dia três de fevereiro, segunda-feira da quarta semana do Tempo Comum.
Hoje, procura fazer a experiência de rezar com o coração: deixa que cresçam em ti sentimentos de confiança, alegria, disponibilidade para acolher o Senhor que deseja encontrar-se contigo. E deixa que o Senhor ilumine os recantos mais sombrios do teu coração – para que o medo, a desconfiança, o ódio não tenham lugar na tua vida.
Disponível para este diálogo com Deus, começa a tua oração.
Escuta esta passagem do Evangelho segundo São Marcos.
Mc 5, 1-20
Jesus e os seus discípulos chegaram ao outro lado do mar,
à região dos gerasenos.
Logo que Ele desembarcou,
saiu ao seu encontro, dos túmulos onde morava,
um homem possesso de um espírito impuro.
Já ninguém conseguia prendê-lo, nem sequer com correntes,
pois estivera preso muitas vezes com grilhões e cadeias
e ele despedaçava os grilhões e quebrava as cadeias.
Ninguém era capaz de dominá-lo.
Andava sempre, de dia e de noite, entre os túmulos e pelos montes,
a gritar e a ferir-se com pedras.
Ao ver Jesus de longe, correu a prostrar-se diante d’Ele
e disse, clamando em alta voz:
«Que tens a ver comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo?
Conjuro-Te, por Deus, que não me atormentes».
Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito impuro, sai desse homem».
E perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?».
Ele respondeu: «O meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos».
E suplicava instantemente que não os expulsasse daquela região.
Ora, ali junto do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos.
Os espíritos impuros pediram a Jesus:
«Manda-nos para os porcos e entraremos neles».
Jesus consentiu.
Então os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos.
A vara, que era de cerca de dois mil,
lançou-se ao mar, do precipício abaixo, e os porcos afogaram-se.
Os guardadores fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos;
e, de lá, vieram ver o que tinha acontecido.
Ao chegarem junto de Jesus,
viram, sentado e em perfeito juízo, o possesso que tinha tido a legião;
e ficaram cheios de medo.
Quais são as correntes que te aprisionam? Os teus defeitos, que nem a ti mesmo admites, os teus medos e preconceitos, as tuas dependências? Deus já conhece todas essas correntes, até aquelas que ainda não consegues nomear. Não tenhas vergonha de lhas apresentar.
Há pessoas na tua vida que tentas afastar, para não teres de lidar com elas? Há situações que evitas resolver?
Talvez haja quem precise da tua atenção, do teu perdão, do teu amor. Dá um nome a uma ou duas dessas pessoas e pede ao Senhor coragem para mudares o que for necessário.
Este homem estava tão atormentado, que “já ninguém conseguia prendê-lo, nem sequer com correntes”. Mas Jesus foi ao seu encontro não para o prender, antes para o libertar.
Pode acontecer que te deixes acorrentar pela sensação de erro e imperfeição que vês em ti mesmo. E talvez percas a capacidade de ver a beleza do teu ser interior tão amado por Deus.
Pede a Jesus que não te deixe ficar acorrentado às tuas falhas.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.