Ana Carolina Patrício
Vozes
Joana Dias Coelho
Paulo d'Almeida Santos
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Hoje é dia treze de fevereiro, quinta-feira da quinta semana do Tempo Comum.
Vais começar a tua oração. Durante alguns minutos, procuras criar um tempo que escapa ao ritmo normal do teu dia… um tempo propício para o encontro com Deus.
Este tempo especial não serve para te afastar das tuas ocupações. Estes minutos de oração permitem que Deus seja uma presença constante em tudo quanto fazes. E, assim, os teus trabalhos são também trabalhos de Deus. Nesta certeza, começa a tua oração.
Escuta esta passagem do Evangelho segundo São Marcos.
Mc 7, 24-30
Jesus dirigiu-se para a região de Tiro e Sidónia.
Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse.
Mas não pôde passar despercebido,
pois logo uma mulher, cuja filha tinha um espírito impuro,
ao ouvir falar d’Ele, veio prostrar-se a seus pés.
A mulher era pagã, siro-fenícia de nascimento,
e pediu-lhe que expulsasse o demónio de sua filha.
Mas Jesus respondeu-lhe:
«Deixa primeiro que os filhos estejam saciados,
pois não está certo tirar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos».
Ela, porém, disse:
«Senhor, também é verdade que os cachorrinhos
comem debaixo da mesa as migalhas das crianças».
Então Jesus respondeu-lhe:
«Dizes muito bem.
Podes voltar para casa, porque o demónio já saiu da tua filha».
Ela voltou para casa e encontrou a criança deitada na cama.
O demónio tinha saído.
Sabes que Jesus não exclui ninguém. Mas, por muito que te esforces, por vezes não percebes essa inclusão sem exceções. Quantas vezes questionas a fé dos outros? Quantas vezes te custa acreditar que alguém com quem não simpatizas ou cujos comportamentos condenas é igualmente amado por Deus?
Jesus conhecia a qualidade da alma daquela mulher pagã e desafiou-a. Ela, apesar de saber que a tradição ditava que os Judeus tinham prioridade perante Deus, procurou Jesus e não desistiu.
Tal como a esta mulher, também são colocados desafios à tua fé. Tens sido capaz de os superar?
Ouve novamente a passagem: “Senhor, até os cães debaixo da mesa comem as migalhas das crianças.” E recorda quantas vezes te tens colocado à disposição de Deus para colher apenas as migalhas dos outros.
Termina com estas palavras do Papa Francisco:
“Somos chamados tal como somos, com os problemas que temos, com as limitações que temos, com a nossa alegria transbordante, com o nosso desejo de sermos melhores, com o nosso desejo de sermos bem-sucedidos. (…). Jesus chama-me como eu sou, não como eu gostaria de ser. “
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.