P. António Sant'Ana, sj
Vozes
Paulo Lopes
Ines Ferreira
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Hoje é dia dezoito de agosto, segunda-feira da vigésima semana do Tempo Comum.
Nestes momentos iniciais da tua oração, procura centrar-te no essencial: a presença de Deus em ti, discreta mas real. Vai deixando de lado as outras presenças que te ocupam e criando lugar para o teu Deus… e começa assim a tua oração.
Escuta esta passagem do Evangelho segundo São Mateus.
Mt 19, 16-23
Um jovem aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe:
«Mestre, que hei de fazer de bom para ter a vida eterna?».
Jesus respondeu-lhe:
«Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só.
Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos».
Ele perguntou: «Que mandamentos?».
Jesus respondeu-lhe:
«Não matarás, não cometerás adultério;
não furtarás; não levantarás falso testemunho;
honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe o jovem:
«Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?».
Jesus respondeu-lhe:
«Se queres ser perfeito,
vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus.
Depois vem e segue-me».
Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido, porque tinha muitos bens.
Aproxima-se de Jesus um jovem com vontade de ser bom. Está entusiasmado com o seguimento do Reino, mas está agarrado a coisas que o impedem de ser livre. Repara como mostra conhecer bem os mandamentos, mas tem o coração centrado nos bens materiais.
Jesus propõe ao jovem uma vida nova: libertar-se do que o impede de ser discípulo. Podem ser bens materiais, mas também ideias, preconceitos ou certezas feitas. Tudo o que aprisiona impede a ação da graça de Deus.
O que tira liberdade ao teu coração?
O jovem rico quer seguir Jesus, mas não está disposto a fazer algum esforço para isso. A fidelidade ao Evangelho e a coerência de vida pedem trabalho interior.
Também tu és chamado a pôr os meios para crescer na vida espiritual.
Não chega ser bom para construir o reino de Deus. As boas intenções pedem práticas concretas. E a partilha do que se tem em excesso é um bom exercício de caridade.
Termina a oração perguntando-te o que tens a mais e podes partilhar com quem precisa.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.