P. António Sant'Ana, sj
Vozes
Paulo Lopes
Ines Ferreira
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Hoje é dia vinte e um de agosto, quinta-feira, memória litúrgica de São Pio X, que foi Papa entre 1903 e 1914.
Imagina uma pequena fonte de água refrescante. Não dá muita água, mas dá sempre. A tua oração é semelhante a esta fonte: dá sempre novidade ao teu dia, a novidade de Deus, mesmo quando te parece que já não tem nada para dar. Agradece ao Senhor este dom de cada dia… e começa assim a tua oração.
Escuta esta passagem do Evangelho segundo São Mateus.
Mt 22, 1-14
Jesus dirigiu-se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo
e, falando em parábolas, disse-lhes:
«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei
que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas,
mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes:
‘Dizei aos convidados:
Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos,
tudo está pronto. Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso,
foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos,
que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos:
‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos
e convidai para as bodas todos os que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos,
reuniram todos os que encontraram, maus e bons.
E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados,
viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe:
‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’
Mas ele ficou calado.
O rei disse então aos servos:
‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores;
aí haverá choro e ranger de dentes’.
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».
Jesus usa a imagem de um banquete para falar do reino de Deus. Ressalta a dimensão da festa, que é para todos, todos, todos, como nos ensinou o Papa Francisco.
Pensa como o reino de Deus acontece sempre que há relações sãs, partilha e comunhão em nome de Jesus.
Repara como o chamamento para o banquete parte do rei, que convida todos para tomarem parte na festa das núpcias do seu filho. Deus também toma a iniciativa de nos chamar para colaborarmos na obra começada por Jesus.
Como respondes a esta chamamento, com reservas ou de coração aberto?
Nem todos estão disponíveis para ir à festa. Parece que alguns não estão interessados, fechados no seu individualismo, desconfiados ou até aniquilando os enviados. Representam o mundo que quer viver como se Deus não existisse.
No mundo de hoje, em que há tantas fomes de justiça, de paz, de convivência e solidariedade, há que testemunhar a alegria cristã que brota da amizade com Jesus. Procura sentir-te parte da sua comunidade de amigos no Senhor.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.