P. Duarte Rosado, sj
Vozes
Luís Cabaço Martins
Maria Archer
«Veni Sancte Spiritus (1993)» © Direitos de autor reservados Appe ID (iTunes)
Hoje, dia catorze de setembro, domingo, a Igreja celebra a festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz.
A Igreja celebra a festa da exaltação da Santa Cruz porque na cruz, onde a morte parecia ter a última palavra, começou a dizer-se a palavra definitiva sobre a vida de cada ser humano – ressurreição. Acolhe este mistério da vida arrancada às garras da morte… e começa assim a tua oração.
O salmo de hoje convida-te à gratidão por aquilo que o Senhor faz por ti.
Salmo 77 (78), 1-2.34-35.36-37.38
Escuta, meu povo, a minha instrução,
presta ouvidos às palavras da minha boca.
Vou falar em forma de provérbio,
vou revelar os mistérios dos tempos antigos.
Quando Deus castigava os antigos, eles O procuravam,
tornavam a voltar-se para Ele
e recordavam-se de que Deus era o seu protetor,
o Altíssimo o seu redentor.
Eles, porém, enganavam-no com a boca
e mentiam-lhe com a língua;
o seu coração não era sincero,
nem eram fiéis à sua aliança.
Mas Deus, compadecido, perdoava o pecado
e não os exterminava.
Muitas vezes reprimia a sua cólera
e não executava toda a sua ira.
“Escuta… presta ouvidos às palavras da minha boca”. Esta é a primeira atitude. A da escuta, a da atenção. Que seja esta a tua atitude também neste tempo de oração.
Os teus gestos são, por vezes, curtos, não se adequam ao teu desejo e à tua vocação de filho amado. Recorda a tua infidelidade à aliança que Deus estabelece contigo, a forma curta como, por vezes, lhe respondes. Mas não o faças para te mandares abaixo, antes para abrires portas ao perdão.
O salmo é um grito que não fica sem resposta. Deus também grita para te dizer que a sua alegria é perdoar.
A bondade do Senhor desarma-te. Deixa-te desarmar por ela. Não deixes que o teu perfeccionismo ou os teus escrúpulos te fechem à bondade do Senhor. Não queiras viver do mérito, vive da gratidão.
Pai nosso que estais nos céus
santificado seja o vosso nome
venha a nós o vosso Reino
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
e não nos deixeis cair em tentação
mas livrai-nos do mal.