







P. Carlos Filipe Lopes Ramos da Silva
SANTUÁRIO DE CRISTO REI
Vozes
Margarida Mercês de Mello
Rodrigo Gomes (RFM)
«Zephyrus: Angelus» © Direitos de autor reservados a Magnatune
Hoje é dia vinte e cinco de dezembro, quinta-feira, nono dia da novena do Natal e solenidade litúrgica do Natal do Senhor.
No silêncio, escuta-se a admiração dos pastores, diante de um recém-nascido, tão pobre quanto eles. Eles, desprezados, considerados pecadores, são os primeiros a conhecer o segredo daquela noite. É sempre assim: os simples, os pecadores que se deixam tocar por Deus são os primeiros a conhecer o seu mistério e a recebê-lo na sua vida. Admirados como os pastores, desejando ser simples como eles, deixemo-nos inundar pela luz deste Natal.
Da Carta aos Hebreus. L2 Hb 1, 1-6
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
falou-nos por seu Filho,
a quem fez herdeiro de todas as coisas
e pelo qual também criou o universo.
Sendo o Filho esplendor da sua glória e imagem da sua substância,
tudo sustenta com a sua palavra poderosa.
Depois de ter realizado a purificação dos pecados,
sentou-se à direita da Majestade no alto dos Céus
e ficou tanto acima dos Anjos
quanto mais sublime que o deles é o nome que recebeu em herança.
A qual dos Anjos, com efeito, disse Deus alguma vez:
«Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei»?
E ainda:
«Eu serei para Ele um Pai, e Ele será para mim um Filho»?
E de novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse:
«Adorem-no todos os Anjos de Deus».
O caminho novo e antigo é sempre o mesmo Deus; mas diferenciado, nos tempos e nos modos. Jesus concentra tudo isto. Só Ele basta.
Com firmeza e suavidade, Jesus prepara-nos um banquete, cujo único e substancial alimento é Ele mesmo.
O nosso amigo secreto – cuja ausência demorada nos torna eternos pedintes – faz-se agora simples e pobre, para o comum banquete da humanidade. Que a rica diversidade de alimentos numa ordinária mesa de Natal guarde em nós o olhar simpático, inocente – quase infantil – do hóspede amável que se senta connosco à mesa. Ele próprio nos servirá…
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.