«Playing with Silence» © Direitos de autor reservados a Magnatune
Hoje é dia 5 de fevereiro, sábado da quarta semana do tempo comum.
As Jornadas Mundiais da Juventude
são uma ocasião única para o encontro de jovens de todo o mundo.
Une-os o desejo de caminhar juntos
e a procura daquele mais que só o Espírito de Cristo os fará encontrar.
No ano de 2023, Lisboa vai acolher esta Jornada Mundial.
Por isso, em colaboração com o Passo a Rezar,
é-te dada a oportunidade,
no primeiro sábado de cada mês,
de te unires com a tua oração à preparação deste encontro.
Ora, a preparação de um verdadeiro encontro começa no coração.
Toma consciência de que isto se aplica
tanto à Jornada Mundial como ao teu encontro com Cristo.
E começa assim a tua oração.
Ouve o que nos disse o Papa Francisco, na Encíclica *Christus Vivit – Cristo Vive – *sobre a importância de cultivar uma predisposição para escutar.
Devemos lembrar-nos que o discernimento orante exige partir da predisposição para escutar: o Senhor, os outros, a própria realidade que não cessa de nos interpelar de novas maneiras. Somente quem está disposto a escutar é que tem a liberdade de renunciar ao seu ponto de vista parcial e insuficiente.
Para contemplar a Encarnação nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio, somos convidados a começar por imaginar a Santíssima Trindade detida a escutar e a olhar o mundo e as suas dores.
A suprema obra do omnipotente, a mais urgente de todas começa com um Deus que ouve, em silêncio, que não impõe à partida uma solução. Simplesmente, põe-se à escuta.
Tens caído na tentação de não escutar, de ficar fechado, mesmo que com boas intenções, no teu “ponto de vista parcial e insuficiente”?
Diz o Papa que “o Senhor, os outros, a própria realidade” não cessam de nos interpelar de novas maneiras. Põe em prática este exercício muito concreto: passa em revisão rápida o que aconteceu ontem e hoje; recorda o que viste e ouviste. Tenta reconhecer os apelos que aí encontras: procura o que te toca e questiona esse sentimento.
Recorda este famoso final da parábola do Filho Pródigo, do evangelho de São Lucas
Lc 15, 17-24
Foi então que caiu em si e pensou:
“Tantos trabalhadores do meu pai têm quanta comida querem
e eu estou para aqui a morrer de fome!
Vou mas é ter com o meu pai e digo-lhe:
Pai, pequei contra Deus e contra ti.
Já nem mereço ser teu filho,
mas aceita-me como um dos teus trabalhadores.”
Levantou-se e voltou para o pai.
Mas ainda ele vinha longe de casa e já o pai o tinha visto.
Cheio de ternura, correu para ele, apertou-o nos braços e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: “Pai, pequei contra Deus e contra ti.
Já nem mereço ser teu filho.”
Mas o pai ordenou logo aos empregados:
“Tragam depressa o melhor fato e vistam-lho.
Ponham-lhe também um anel no dedo e sandálias nos pés.
Tragam o bezerro mais gordo e matem-no.
Vamos fazer um banquete,
porque este meu filho estava morto e voltou a viver,
estava perdido e apareceu.”
E começaram com a festa.
O estilo do Pai da parábola é o estilo do nosso Deus: alguém que ouve as dores do nosso mundo e responde-lhes, agindo. E responde não como quem está numa posição superior, mas como quem conta connosco. Como quem conta contigo. É diante deste estilo que Maria se rende.
Fala com Deus sobre o teu estilo de escuta e de ação. Diz-lhe o que tens a aprender com Ele.
Coloca-te diante de Nossa Senhora, Mãe da escuta, e pede-Lhe que te ensine a ouvir como ela. Pede-lhe que aprendas a reconhecer o anúncio de Deus no meio do ruído do mundo, e que não te deixes travar pelo medo ou pela dúvida. Pede-lhe que te ensine a dar um sim fiel, consciente da tua fraqueza mas aberto ao que vier, servidor do bem e do amor, e livre de todo o egoísmo.
Avé-Maria,
Cheia de Graça,
O Senhor é convosco,
Bendita Sois Vós entre as mulheres,
E Bendito é O fruto do Vosso ventre,
Jesus,
Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora da nossa morte.
Ámen.