Pedro Perpétua e Teresa Almeida (adultos)
Joana Clara Vaz e Vicente Evangelista (crianças)
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Depois de passada a Semana Santa, nos próximos domingos vamos encontrar-nos com Jesus que é mais forte do que a morte.
Antes de escutares a leitura de hoje, imagina que és um dos amigos de Jesus, triste e assustado com o que lhe aconteceu, até o matarem. Imagina que estás com os teus companheiros, com medo de ser encontrado pelos inimigos de Jesus, mas também com vontade de partilhar a tristeza dos últimos dias. Imagina que ouviste alguns deles dizer que viram Jesus vivo, mas tu não consegues acreditar nisso…
Leitura adaptada (Jo 20, 19-31)
Muitos dos amigos de Jesus ainda não sabiam que ele estava vivo e tinham muito medo de ser perseguidos pelas autoridades. Por isso, à noite, juntaram-se na casa que partilhavam, em Jerusalém, com a porta fechada e cheios de medo.
E sem saberem como, de repente, Jesus apareceu no meio deles.
Olhavam para ele sem saber o que haviam de fazer. Então Jesus mostrou-lhes as mãos, com as feridas dos pregos, e o peito, com a ferida da lança que lhe tinham feito na cruz, e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Como Jesus sempre os saudava assim, reconheceram que era ele e ficaram muito contentes. Falavam todos ao mesmo tempo, riam e queriam perceber como é que ele estava vivo. Quando se acalmaram um pouco, Jesus disse-lhes: «O meu Pai enviou-me ao mundo para trazer uma boa notícia. Agora sou eu que vos envio a vós, para que conteis as coisas boas que aprendestes comigo». E também lhes disse que lhes ia enviar o Espírito Santo e que assim ficariam com autoridade para perdoar. Depois desapareceu, da mesma forma como tinha aparecido.
O coitado do Tomé não estava com eles, porque nesse dia tinha sido encarregado de ir fazer as compras. Por isso, quando os outros lhe contaram o que tinha acontecido, pensou que estavam a gozar com ele e não queria acreditar. Mas eles insistiam para que acreditasse. Por fim, para que o deixassem em paz, disse: «Só acredito se meter os meus dedos nos buracos das suas mãos para ver que as feridas de Jesus são verdadeiras». Não foi muito simpático, mas Tomé era assim.
Uma semana depois, estavam juntos em casa e desta vez Tomé também estava. E Jesus apareceu, como da outra vez. E disse-lhes: «A paz esteja convosco». Todos ficaram a olhar para Tomé, como quem diz: «Estás a ver? Nós já te tínhamos dito!». Ele não sabia se havia de acreditar ou se era uma brincadeira. Mas Jesus aproximou-se dele, mostrou-lhe as mãos e disse-lhe: «Se quiseres, podes meter o dedo nas feridas das minhas mãos, para veres que é verdade». Mas não foi preciso, porque Tomé já o tinha reconhecido. E gritou, cheio de alegria: «Meu Senhor e meu Deus!», que era a sua maneira de dizer ao mesmo tempo como estava contente e como tinha pena de não ter acreditado e que lamentava muito… enfim, tudo aquilo que lhe ia no coração.
Então, Jesus disse-lhe: «És um bocado cabeça dura, por não acreditares nos teus amigos. Tiveste de me ver para acreditar. Felizes o que acreditam mesmo sem me terem visto».
Eu entendo Tomé, mais ou menos. Às vezes, também me custa a acreditar em alguma coisa que não vi com os meus próprios olhos. E algumas das coisas que Jesus fez são tão incríveis que eu também teria dúvidas…
E pensas que não acontece o mesmo com os mais velhos? Acreditar em Jesus é algo que exige a nossa confiança. Se sentes que Jesus foi alguém muito especial, que ainda hoje tem alguma coisa a dizer à nossa vida, se o consideras como um amigo que deves escutar… então, não vais ter confiança nele?
É isso mesmo. A palavra de Jesus é a palavra de um amigo em que devemos confiar.
Senhor Jesus,
peço-te que nos ajudes a confiar em ti.
A termos confiança na tua palavra de amigo,
que nos diz que continuas vivo entre nós
e que nos queres ensinar a ser bons.
Ámen.